domingo, 5 de abril de 2015

Os motivos do movimento

O principal motivo desse movimento é o total desrespeito do reitor ao cumprimento da Lei nº 319 de 30 de junho de 2008. Estamos cansados de tanta arbitrariedade dentro desta IES Pública e que deveria ser Democrática.

Em 2008 a Unemat passou por uma restruturação profunda, fruto da luta da comunidade acadêmica, decorrente das alterações das seguintes Leis:
  • Lei Complementar 030, de criação da Unemat, que foi substituída pela LC 319. Entre as principais alterações, estão a criação do Conselho Curador e do Congresso Universitário, instância máxima, deliberativa e norteadora das diretrizes para elaboração do Estatuto da Unemat.
  • Lei Complementar 074, do Plano de Cargos, Carreira e Subisídios dos Profissionais Técnico-Administrativos, que foi substituída pela LC 321.
  • Lei Complementar 100, do Plano de Cargos, Carreira e Subisídios dos Docentes, que foi substituída pela LC 320.
A LC 319, aprovada no dia 30 de junho de 2008, exigia que se realizasse o Congresso Universitário e que até o dia 30 de dezembro de 2008 fosse elaborado o novo Estatuto, aprovado pelo Consuni - Conselho Universitário - e então encaminhado ao Conselho Curador para homologação.

O Congresso foi realizado com sucesso, inclusive com participação paritária dos três segmentos, onde foram conquistados enormes avanços:
  • Voto paritário
  • Composição paritária dos Conselhos
  • Descentralização pedagógica, através dos Institutos e Faculdades
  • Descentralização financeira através de critérios para repasse financeiro
  • Impossibilidade de re-eleição para qualquer cargo eletivo
  • Nível mínimo de Doutor para concorrer ao cargo de Reitor

Todas essas vitórias da comunidade acadêmica não são do interesse do reitor, que se recusa a convocar o Consuni para aprovar o Estatuto, pois a atual composição dos conselhos não é paritária e lhe garante total apoio para quaisquer deliberações, mesmo que autoritárias.

3 comentários:

  1. Caminhos (Neuza Zattar)

    Percorre caminhos sinuosos,
    Paralelos, retilíneos...
    Mas caminha,
    Com pedras no meio dos caminhos.
    Pedras barreiras,
    Pedras companheiras,
    Pedras inimigas,
    Pedras vitórias,
    Pedras equívocos,
    São muitas...
    Mas uma a uma
    Supera,
    Acompanha,
    Conquista,
    Reconhece,
    Apaixona-se,
    E caminha.
    Ousando, rompeu seu isolamento,
    Mudou sua face interior,
    Garantiu conquistas.
    Acreditando, transformou em realidade
    Sonhos impossíveis, questionados, criticados...
    Alargou horizonte,
    Conquistou novos caminhantes.
    Transpondo, foi preciso misturar paixão, razão e esperança, para
    Equilibrar, respeitar, criar,
    E continuar a caminhar.
    Para onde José?
    Para onde for preciso caminhar,
    Para o norte, para o sul.
    Para as direções que o cominho indicar,
    Atrair e possibilitar
    Sem medo de errar.
    Para além das fronteiras, sem se afastar muito.
    Buscar novos companheiros, de mãos dadas
    Formar a ciranda universal, igualitária,
    Um único corpo.
    Para onde José?
    Rumo à Universidade que se quer.
    De maõs dadas é preciso caminhar.

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  2. O analfabeto político
    Bertolt Brecht

    O pior analfabeto é o analfabeto político.
    Ele não ouve, não fala, nem participa dos
    acontecimentos políticos.
    Ele não sabe que o custo de vida, o preço
    do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel,
    do sapato e do remédio
    dependem de decisões políticas.
    O analfabeto político é tão burro que
    se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
    Não sabe o imbecil que, da sua ignorância nasce a prostituta,
    o menor abandonado, o assaltante e o pior dos bandidos
    que é o político vigarista, pilantra,
    o corrupto e o lacaio dos exploradores do povo.

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  3. "Rumo à Universidade que se quer.
    De maõs dadas é preciso caminhar."

    Lindo fechamento do poema, mas totalmente desconexo da realidade da Unemat.


    Na queda da coroa,
    quem quer segurar as mãos do Rei?
    Ainda mais se dessas mesmas mãos
    é que foram as jóias do palácio roubadas.
    Quem concorda que de mãos dadas é preciso caminhar?
    Eu não!

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